
Marcelo
Nilo afirma que foi paciente ao esperar 90 dias para que os professores
desocupassem a AL-BA. “Não tenho mais condições , a situação ficou
insustentável", disse (Foto: Antonio Saturnino /Correio)
O
presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado estadual
Marcelo Nilo, entrou com um pedido de reintegração de posse da Casa, no
Tribunal de Justiça da Bahia, no final da tarde de segunda-feira (16). O
local é ocupado por professores da rede estadual de ensino em greve
desde o início da paralisação, que dura 98 dias. Antes de buscar a
reintegração de posse judicialmente, Nilo tentou negociar com os
grevistas, pedindo informalmente que eles deixassem as instalações do
prédio situado no Centro Administrativo da Bahia (CAB). O deputado
ameaçou cortar a energia no saguão Nestor Duarte, onde estão os cerca de
60 manifestantes como forma de pressionar a saída dos grevistas, que
permanecem resistindo no local, mas até o momento a medida não foi
adotada. O deputado Paulo Azi (DEM), líder da oposição na Assembleia
Legislativa, disse não acreditar que o presidente Marcelo Nilo (PDT)
utilize a Polícia Militar para expulsar os professores que ao longo do
movimento grevista fizeram da Casa um local de acolhimento e apoio. “Os
professores estão na Casa há 95 dias, de forma ordeira e pacífica, não
justificando-se, portanto, uma ação desse tipo”, criticou. Para o
democrata, Nilo deveria utilizar seu poder político para fazer com que a
Comissão de Educação da Assembleia funcione e debata a “caixa preta” do
FUNDEB. “O presidente da Casa deveria também convencer o governador
Jaques Wagner a atender as justas reivindicações dos professores”.
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